27.11.08

Guitar Hero e Rock Band fazem pela música o que as rádios faziam no passado

Game do Aerosmith rendeu mais à banda que qualquer single em sua história

26/11/2008Érico Borgo

Um excelente artigo na seção Freakonomics do New York Times discutiu a relação entre música e videogames - e como os jogos eletrônicos estão mudando o negócio da música, um dos mais tradicionais ramos do entretenimento.

Com games como Guitar Hero e Rock Band, bandas cujas vendas minguavam a cada lançamento passaram a observar crescimento nas lojas. O The Who, por exemplo, na semana em que colocou um "best of" de doze faixas em Rock Band, viu suas vendas de CDs saltarem 160% nas prateleiras. De qualquer maneira, os números são inexpressivos se considerarmos o volume de vendas das faixas para download no jogo: 715 mil.

O artigo lembra ainda que em 1982, Clive Davis, presidente da Arista Records, escreveu um editorial na Billboard falando sobre videogames - mídia emergente que, analistas já apontavam, tiraria espaço da música. O título: "Você não pode cantarolar um videogame". No texto, ele apontava como, apesar de serem uma mídia popular, os games jamais superariam a música. Note a ironia... Davis é também o cara que descobriu o Aerosmith. Vinte e seis anos depois a banda fez mais dinheiro com o jogo Guitar Hero Aerosmith do que com qualquer um dos singles dos 14 álbuns de sua discografia.

É por conta de fatos como esses que já se fala na indústria que "Games são a nova Rádio".

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